quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SEI


Sei, nunca me casarei na abadia de Westminster, e nem farei parte  do memorial onde estão os restos mortais de Isaack Newtom, tão pouco, da rainha Elizabeth I, muito menos do memorial do Soldado Desconhecido embora seja um deles, pior, estar junto aos poetas, meus amigos de ¨copo e de cruz¨. Gostaria tanto de depois de minha morte anunciada e certa como a luz do dia,  estar ao lado de Elizabeth I ou, que maravilha fazer companhia a William Sheakspeare,  meu amigo íntimo das horas angustiantes que assolam a vida de qualquer ser mortal. Mas, não estarei lá. Talvez, passe o resto de meus dias desconhecida e esquecida em algum canto desse mundão de meu Deus, mas uma coisa é certa: conheci-os a cada um  como se fossem parte de mim mesma, e que admiração meu Deus, me causam todas às vezes que, me lembrando deles vejo o que fizeram de bom e de bem para toda humanidade!
Ainda bem que os mortais podem apenas aprisionar o físico e o chamar de seu mas, nunca a energia que emana de seres tão especiais que sobreviveram aos mais medíocres e ínfimos humanos, o que me remete a  um dos poetas maiores de minha terra Mário Quintana: ¨Eles passarão e eu, passarinho¨.
Falando nisso, onde estarão os restos  mortais de minha amiga de sonhos, Lady Day? Outra que gostaria de ter ao meu lado em qualquer abadiazinha pelo mundo afora.
Pensando assim, descubro que em mim há um pouco do louco, inconseqüente e sonhador que vive nos umbrais de cada canto, de qualquer alma humana que por aqui passou; mas que sem os mesmos, o ser não seria possível .
Vivas aos nubentes, vivas aos que passarinhos foram, porém nunca passarão.
RAQUEL REIS

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